Santiago Diaz tem um novo romance desde o último dia 14, O bom pai, que destaquei no novidades pretas no início do mês. Nesta Entrevistao que não é o primeiro que nos concede, o escritor e roteirista nos fala sobre isso e muito mais. eu aprecio seu tempo, atenção e gentileza.
SANTIAGO DÍAZ - ENTREVISTA
- NOTÍCIAS DA LITERATURA: Então, frio, você se lembra do primeiro livro que leu? E da primeira história que você escreveu?
SANTIAGO DIAS: Eu sou um escritor atrasado, assim como também Eu fui um leitor tardio. Em criança e na minha adolescência só me sentia atraído pelos quadrinhos, até que descobri os livros. Já pensei várias vezes e não me lembro qual foi a primeira, mas uma das que mais me impressionou foi Cemitério de animaisde Stephen King. Eu devia ter uns treze anos e ainda me lembro do medo que senti.
Quanto à primeira coisa que escrevi com a intenção de ensinar, foi a roteiro do filme aos vinte e dois ou vinte e três. Lembro que era muito ruim, mas serviu para colocar minha cabeça no ramo, e até hoje.
- AL: E qual foi aquele livro que mais te impressionou e por quê?
SD: Além daquele que lhe falei, certamente o primeiro do meu irmão Jorge, Números de elefante. Eu era roteirista há quase vinte anos e nunca havia pensado em escrever um romance, mas parecia tão bom que decidi que também queria fazer algo assim algum dia.
Além disso, como suponho que tenha acontecido com toda a minha geração, também me impactou muito O apanhador no centeiopor JD Salinger.
- AL: Agora você nos apresenta O bom pai e novamente você nos oferece um olho por um toque de olho como no anterior, Talion. É verdade ou há muito mais?
SD: Como em Talionem O bom pai Eu falo sobre o necessidade de justiça que a sociedade tem. No primeiro caso, foi feito através do “olho por olho” aplicado por um jornalista que tinha pouco tempo de vida. Neste segundo romance é um pai que, acreditando que seu filho é encarcelado injustamente pelo assassinato de sua esposa, ele decide raptar às três pessoas que ele responsabiliza e ameaça deixá-las morrer se não encontrarem o verdadeiro assassino de sua nora: um juiz, um advogado e um estudante que atuou como testemunha no julgamento.
Além de reabrir aquele assassinato, vamos conhecer a vida do sequestrado, Do policiais, vida no prisão e alguns segredos da cidade Madri. Estou muito orgulhoso de Talionclaro, mas eu acho com O bom pai Eu dei um passo adiante como escritor.
- AL: A inspetora Indira Ramos está encarregada de cuidar do caso daquele “bom pai” e ela tem uma fobia especial de micróbios. Você pode nos contar um pouco mais quem ele é e o que terá que enfrentar nessa investigação?
SD: Indira Ramos é uma mulher muito especial. Sofre de TOC que o impede de levar uma vida normal. Não pretendo fazer comédia com isso, mas me fez rir confrontar minha heroína com um inimigo tão invisível quanto o micróbios.
Mas além de ser uma mulher peculiar, ela é uma polícia honesta e honesta, tanto que não hesitará em denunciar aqueles que violam as regras, mesmo que supostamente esteja do mesmo lado. Isso dificultará sua adaptação, mas aos poucos ele começará a encontrar seu lugar no mundo. Ela é inspetora há quase dez anos e este será o seu caso de mídia mais importante Até a presente data. Você precisará começar a confiar nos outros se quiser resolvê-lo.
- AL: Você nos disse na entrevista anterior que Paul Auster tinha sido seu escritor favorito, mas que você estava com raiva dele. Podemos saber agora os motivos e se o autor americano recuperou seus favores?
SD: Ha ha, mais do que raiva eles eram algumas decepções consecutivas. Acho que darei outra chance em algum momento, porque não paro de amar tão rapidamente, mas reconheço que minha lista de tarefas está começando a levar o melhor de mim.
- AL: E agora há algumas perguntas sobre bateria. Por exemplo, qual personagem de um livro você gostaria de conhecer e criar e por quê?
SD: Há muitos, em cada livro que leio e gosto há um personagem que eu adoraria ter criado. Mas então, de barco em breve, eu diria que Inácio J. Reilly, o protagonista de A conjuração dos ceciuos. Parece-me o anti-herói por excelência, alguém que consegue fazer você rir e sentir pena de si mesmo.
- AL: Aquela mania de escrever ou ler que você não consegue evitar, o que é?
SD: Não posso deixar uma única palavra em uma linha. Sou capaz de reescrever todo o parágrafo para evitá-lo. E o pior é que eu sei que é estúpido, porque depois, quando eles editam o texto, mudam tudo.
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
SD: Embora eu tenha que me adaptar a hotéis ou trens, gosto de escrever no meu escritório E toda vez que encontro um momento livre, mas estou mais produtivo no final da tarde. ler, em qualquer lugar, mas meus melhores momentos são na praia com um tinto de verano na mão. Isso, para mim, não tem preço.
- AL: Mais gêneros literários que você gosta ou gostaria de jogar como escritor?
SD: Gosto muito do romance policial, seguido de perto pelo novela histórica. Por muito tempo Estou amadurecendo uma ideia que se passa em outra época e qualquer dia posso surpreender ...
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
SD: Acabei de terminar A portade Manuel Loureiro. Gostei muito e recomendo. Também estou lendo tudo o que cai em minhas mãos sobre um tópico específico, mas eu não posso te contar porque é sobre isso que será o meu próximo romance. Se tudo correr bem, será elesegunda parcela de Indira Ramos.
- AL: Como você acha que é o cenário editorial para tantos autores quantos existem ou querem publicar?
SD: Eu adoraria dizer o contrário, mas é muito complicado. Além do fato de que, como você diz, há oferta demais para tão poucos leitores, há hackeando, que tem esmagado os editores, mas especialmente os autores. Acho que temos que começar a aumentar a conscientização para acabar com isso o mais rápido possível. Já tenho a moral do meu círculo mais próximo para rejeitar qualquer tipo de hacking. Isso é algo que todos devemos fazer.
Do lado positivo, diga que leitores estão famintos por boas históriasPortanto, se alguém encontrar um, tenho certeza de que verá a luz do dia.
- AL: E, finalmente, qual é o momento de crise que vivemos assumindo você? Você pode guardar algo positivo ou útil para futuros romances?
SD: Estou sentindo muito isso para as pessoas ao meu redor, que tenho visto passando maus bocados, ficando desempregadas e tendo que fechar negócios. Tenho sorte, porque antes da pandemia eu já trabalhava em casa, então, nesse sentido, minha vida não mudou muito.
Do lado positivo, dizer que, tendo sido confinado, Eu tive muito mais tempo para escrever. Mas eu não acho que isso compensa; as histórias estão na rua e aí você tem que encontrá-las. Espero que possamos superar esse pesadelo de uma vez por todas. Acho que estamos começando a ver a luz.
Gosto de conhecer autores que começam um pouco tarde na arte de escrever, faz-me sentir que não é uma questão de tempo mas sim de momento.
-Gustavo Woltmann.