Os melhores livros de filosofia são aqueles que refletem a ideologia de vários dos maiores intelectuais da história humana. É o pensamento de estudiosos como Sêneca ou René Descartes, para citar alguns dos mais conhecidos. Em tempos mais recentes, as obras de Friedrich Nietzsche, Simone de Beauvuoir, Osho e Jostein Gaarder, entre outros, são inevitáveis.
Da mesma forma, os textos filosóficos que na verdade são compilações concluídas ao longo de vários séculos podem ser adquiridos em livrarias em todo o mundo (Tao Te Ching, É um deles). Todos livros filosóficos têm em comum um propósito profundo e pensativo, digno de ser analisado com calma e contemplação. Portanto, neste tipo de leitura, a pressa não tem sentido. Aqui está uma lista dos melhores trabalhos nesta área.
Tao Te Ching (Século XNUMX aC)
Também conhecido como Dao Dé Jīng o Tao Te Rei, É um antigo escrito da China. Seu desenvolvimento pode ser inferido de seu nome; Nós vamos Dao significa "o caminho", dedal simboliza "poder" ou "virtude" e jing refere-se a "livro clássico". De acordo com a tradição chinesa, foi feito durante o século XNUMX aC. C de Laozi —transliterado Lao Tzu, “antigo professor” - Arquivista da Dinastia Zhou.
No entanto, muitos estudiosos questionam a autoria e a idade deste texto. Por outro lado, as declarações do Tao Te Ching estabeleceu a maioria dos cânones do taoísmo filosófico. Consequentemente, este manuscrito influenciou significativamente outras disciplinas ou escolas espirituais no continente asiático (Neo-Confucionismo e Legalismo, por exemplo).
Conotações e interpretação
Esse escrito está repleto de preceitos ambíguos, aplicáveis em diferentes situações de vida, desde os temas mais comuns e do cotidiano até recomendações para a classe política. Portanto, o mais aconselhável para os leitores é tomar as noções de Dao Dé Jīng sem tentar ser absoluto ou completamente objetivo.
conceitos fundamentais
- O Tao entende a concepção de questões infinitas, é perpétua, não tem forma ou som definidos. Nem pode ser descrito em palavras.
- El Dao Dé Jīng associados com Yin —O lado feminino, escuro e misterioso das coisas— com a condição fluida da água ou suavidade. Em contraste com a rusticidade e solidez de uma rocha ou montanha (Yan).
- A noção de "retorno" no Dao Dé Jīng é sinônimo de "reflexão", "Retrospectiva" ou "retirada" de si mesmo. Em nenhum caso se refere a um retorno ao que aconteceu.
- O Nada representa o núcleo do Tao e do Ser, sua finalidade. Conseqüentemente, é necessário deixar de lado o ego, os preconceitos e as preocupações mundanas se a aspiração for a verdadeira totalidade mental.
Da brevidade da vida (55 DC)
Por brevitate vitae foi um dos textos que compunham diálogos, o livro de filósofo seneca dedicado a Paulino. Na obra, o autor afirma que a vida - apesar de parecer - não é curta; é a pessoa que produz essa percepção sem saber como tirar proveito disso. Por isso, os historiadores apontam o pensador romano como uma referência inequívoca para os autores da Idade de Ouro espanhola.
conceitos fundamentais
- O tempo é preciosoPortanto, não deve ser desperdiçado investigando questões que são irrelevantes.
- Um indivíduo que não deseja uma vida percebida fugazmente não deve se manter ocupado.
- A vida passa em três tempos: passado, presente e futuro. Deles, o presente é apenas um piscar de olhos —quase inexistente— o futuro está cheio de incertezas e o passado é a única coisa inegável.
- Alguém verdadeiramente sábio - de acordo com Sêneca - é um ser que conscienciosamente se lembra do passado, aproveite o presente e saiba orientar o seu futuro.
- Aqueles que relegam o passado, negligenciam seu presente e eles enfrentam o futuro com dúvidas e medos.
Discurso sobre o método (1637), por René Descartes
Este ensaio é considerado um dos pilares da filosofia ocidental e um texto com enormes implicações para o desenvolvimento da ciência. O título completo deste trabalho é (traduzido do francês) Discurso sobre o método de conduzir bem a própria razão e buscar a verdade na ciência.
Estrutura do discurso e sinopse
Está dividido em seis partes:
- A primeira é uma autobiografia intelectual, na qual o autor duvida de seus conhecimentos prévios., critica as ciências e a teologia de seu tempo. Lá ele conclui com a afirmação de que o único caminho para a verdade é em si mesmo.
- Na segunda seção, Descartes explica rapidamente as bases de seu novo método por meio de quatro regras:
- Provas como requisito indispensável para fundamentar uma reclamação.
- Divida um problema em quantas partes forem necessárias para seu exame completo e proposição das respectivas soluções.
- Classifique ideias; em ordem crescente de acordo com sua complexidade.
- Reveja o trabalho realizado para "certificar-se de não perder nada".
- Na terceira parte, ele exorta o pensador moderno a cultivar permanentemente sua razão e fala sobre uma "moralidade transitória que governa sua vida". Em relação a este código provisório, mencione quatro slogans inevitáveis:
- Cumprir as leis nacionais, respeitar as tradições do país, manter a sua religião e ouvir as opiniões mais conservadoras.
- Seja decisivo e determinado nas ações a serem realizadas, mesmo aquelas que geram dúvidas.
- A única coisa realmente sob controle de uma pessoa são seus próprios pensamentos.
- Na quarta seção, Descartes estabelece o princípio da "dúvida metódica" e cria seu famoso slogan "Penso, logo existo", que reconhece a existência de Deus.
- Na quinta parte, o intelectual francês faz um diagrama de uma organização do universo e atribui a alma apenas aos seres humanos (exclui os animais).
- Na sexta seção, Descartes afirma que o conhecimento científico deve ser disseminado. Por fim, expõe seu desejo de não se tornar "alguém importante no mundo" para evitar distrações e se concentrar totalmente nos estudos.
Assim falou Zaratustra (1883), por Friedrich Nietzsche
É considerada a obra-prima de Friedrich Nietzsche. Assim falou Zaratustra. Um livro para todos e ninguém (título completo) explora as principais ideias do filósofo alemão. Esses pensamentos são incorporados em uma sequência de histórias e ensaios líricos que enfocam as experiências e reflexões do profeta Zaratustra (o Zoroastro dos Persas).
Na realidade, Nietzsche usou uma figura fictícia de Zaratustra - não a figura histórica - como porta-voz de suas doutrinas. Apresenta-o como um ser iluminado cujo julgamento excede o de qualquer ser humano e de forma antagônica aos preceitos da Igreja Católica.
Tema
A morte de deus
Representa aquele momento em que o homem atinge tal nível de maturidade que não precisa de um Deus para marcar as diretrizes de sua existência. Nesse ponto, a moralidade é substituída pela verdade e o homem é inteiramente responsável por seu próprio caminho.
A vontade de poder ou Übermensch
É o argumento central da obra, derivado da filosofia pré-socrática., com claros traços vitalísticos e naturalistas. Porém, Nietzsche sempre mostra uma clara ambigüidade quanto à profundidade de seu livro "nascido da mais íntima riqueza da verdade". E é que, ao mesmo tempo, evita qualquer pretensão de "melhorar a humanidade".
O eterno retorno da vida
Finalmente, Zaratustra exorta os homens a abraçar a vida em sua totalidade, ao invés de especular sobre a vida após a morte. Da mesma forma, Nietzsche afirma que a fraqueza do ser humano é buscar a prosperidade e a realização espiritual após a morte.
Alguns dos livros filosóficos mais importantes do século XNUMX
O segundo sexo (1949), por Simone de Beauvoir
É um ensaio bastante extenso que surgiu como resultado de uma pesquisa da autora francesa sobre a concepção histórica e o papel da mulher na sociedade. Devido às suas afirmações revolucionárias - além de se tornar um sucesso editorial impressionante - Este livro lançou as bases para o movimento feminista pela igualdade.
Da mesma forma, é considerado um texto enciclopédico por enfocar a identidade da mulher a partir de diferentes perspectivas teóricas e científicas. Entre as disciplinas abordadas estão: sociologia, antropologia, psicologia, biologia e anatomia reprodutiva (com suas implicações na relação afetivo-sexual).
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Mundo de Sofia (1991), por Jostein Gaarder
Embora este título seja classificado como um romance, O autor norueguês aproveitou esse contexto para fazer uma revisão histórica da filosofia ocidental. O resultado foi um best-seller mundial, traduzido para mais de sessenta línguas e adaptado para o cinema (1999) sob a direção de Erik Gustavson.
Correntes filosóficas explicadas (para Sophie, a protagonista)
- Renascimento
- Romantismo
- Existencialismo
- Ideias de marx
- Além disso, a teoria do Big Bang é descrita e alguns personagens fictícios da literatura clássica aparecem (Chapeuzinho Vermelho, Ebenezer Scrooge e uma senhora do Contos de fadas dos irmãos Grimm).
Consciência (2001), por Osho *
Deve-se notar que Osho não é um autor no sentido estrito do termo. Seus livros foram feitos a partir de transcrições de palestras e palestras improvisadas proferidas ao longo de um período de trinta e cinco anos. Nelas, suas reflexões são apresentadas sobre questões que vão desde a busca de si mesmo, às deliberações sobre política e sociedade.
En Consciência, o filósofo hindu exorta as pessoas a ficarem alertas "no aqui e agora". Dessa forma, o ser humano seria capaz de compreender a irrelevância de emoções como ressentimento, raiva, ciúme e sentimentos possessivos. Além disso, menciona a aceitação e união de polaridades (alegria e choro, por exemplo) como um caminho para o equilíbrio total.
Excelente artigo, mas difícil de ler em algumas partes porque a tipografia é muito clara.