Não há dúvida de que o século XX constituiu o era de ouro da literatura latino-americana. Desde o início do século, a atividade narrativa se intensificou no continente, surgindo assim autores que mais tarde se tornariam, das décadas de 40 a 70, grandes nomes não só da literatura latino-americana, mas também internacional.
Tendências na narrativa
No início do século XX, o romance hispano-americano optou entre duas posições altamente diferenciadas:
- Modernismo: a partir dos quais os contos de temas fantásticos pela mão dos grandes Rubén Darío. Nessa tendência, destacam-se nomes consagrados como o poeta argentino Leopoldo Lugones e o uruguaio Horacio Quiroga, um dos mais conhecidos "contadores de histórias" de sua época.
- Realismo e naturalismo: Sob o nome desta tendência, várias novas modalidades se destacam:
- De um lado está o romance da revolução mexicana.
- Nós também temos o romance indígena (Aquele que denunciou a opressão dos índios por interesses puramente econômicos).
- E, finalmente, encontramos o romance terrestre, que abordou temas como o conflito armado entre civilização e barbárie, caciquismo, etc.
Mesmo assim, este novela ainda seria anos-luz do europeu.
A narrativa entre os anos 1940 e 1960
Es a partir de 1940 quando a narrativa hispano-americana sofre um renovação de sorte: temas urbanos são expandidos, inovações de narrativas europeias e norte-americanas são incorporadas, bem como a irracionalidade do movimento surrealista emergente do momento.
Alguns dos grandes nomes da ficção latino-americana recente
É nesta altura que se destacam estes grandes autores conhecidos de todos:
- Jorge Luis Borges: Sua obra constitui um precedente indiscutível de toda a narrativa posterior. Misture o filosófico e metafísico com o fantástico, o mundano e o irônico. Seu romance se situa exatamente entre a vanguarda e as novas formas do romance. Este autor destacou-se sobretudo pelos contos, publicados em «Ficções» (1944) "O Aleph" (1949) y "O livro da areia" (1975).
- Juan Carlos Onetti: Este autor uruguaio falecido em 1994 escreveu contos e romances com uma visão pessimista do existencialismo. Seus trabalhos se destacam "O estaleiro" y «Quadro do cadáver».
- Ernesto Sabato: Em suas obras, Sábato falou sobre crime, morte, solidão, maldade humana e histórias de amores terríveis e infelizes. Seu trabalho se destaca "O tunel" publicado em 1948.
- Miguel Angel Asturias: Seu romance mais importante é "Sr. presidente" e junto com o autor Jose maria arguedas, representam perfeitamente o que era então conhecido como o narrativa social.
- Alejo Carpentier: O autor cubano do romance "Idade da iluminação", é o primeiro a promover a narrativa do realismo magico. A partir daí, outros autores surgiram com esse tipo de narrativa, como algumas das que se seguem.
- Julio Cortázar: Conhecido por todos, o escritor argentino, autor da novela "Amarelinha" é caracterizado por seu radical experimentalismo formal e por sua análise do homem contemporâneo.
- Augusto Roa Bastos: Autor paraguaio da obra "Eu o supremo", Entre outros.
- Juan Rulfo: Escritor mexicano que se torna um dos mestres do novo estilo com suas histórias.
- Carlos Fuentes: Destaques no experimentação narrativa analisando constantemente em seu trabalho os problemas sociais e econômicos de seu país, com especial atenção à Revolução Mexicana. Ele é o autor de livros como "A cabeça da hidra", publicado em 1978 e “A morte de Artemio Cruz” (1962) entre outros.
- Gabriel García Márquez: Sem dúvida o mais conhecido e mais lido escritor dos grandes contadores de histórias hispano-americanos. Dizer Gabo é dizer Macondo, é nomear "O coronel não tem ninguém para lhe escrever", é lembrar "Cem anos de Solidão" o "Crônica de uma Morte Anunciada", entre outros grandes livros que deixou como legado.
- Mario Vargas Llosa: É caracterizado por inquirir sobre novas técnicas narrativas bem como pelo complexidade de seus romances.
Outros nomes não menos importantes do que os vistos até agora
- Agustin Yanez (mexicano, 1904-1980).
- Mario Benedetti (uruguaio, 1920-2009).
- Manuel Mújica Láinez (Argentina, 1910-1984).
- José Lezama Lima (cubano, 1912-1977).
- Adolfo Bioy Casares (Argentina, 1914-1999).
- José Donoso (Chile, 1925-1996).
- Guillermo Cabrera Infante (cubano, 1929-2005).
- Álvaro Mutis (Colombiano, 1923-2013).
- Osvaldo Soriano (Argentina, 1943-1997).
- Manuel Puig (Argentina, 1932-1990).
- Manuel Scorza (Peruano, 1928-1977).
- Augusto Monterroso (Guatemala, 1921-2003).
- Antonio Skármeta (Chileno, 1940).
- Isabel Allende (chilena, 1942).
- Luis Sepúlveda (Chile, 1949).
- Roberto Bolaño (Chile, 1953-2003).
- Eduardo Galeano (uruguaio, 1940-2015).
- Cristina Peri Rossi (uruguaia, 1941).
- Laura Esquivel (mexicana, 1950).
- Zoe Valdés (cubana, 1959).
A quem interessar: Osvaldo Soriano morreu em 1997 e, na minha opinião, desaparece Rodolfo Walsh (morreu, sim, em 1977), que junto com Truman Capote são os criadores do romance de não ficção (Operação Massacre foi publicada em 1957 )
Oi Walter!
Obrigado pela nota do ano da morte de Osvaldo Soriano! Nós corrigimos 😉
Saudações!
Amigos: uma pequena correção: Mario Benedetti não nasceu em 1909, mas em 1920.
Isabel Allende? Laura Esquivel? Leia escritores reais.
Manuel Scorza morreu em 1983
Manuel Scorza faleceu em 1983.