Guerra Aurora É madrilena e a sua carreira desenvolveu-se principalmente na criação de ficção televisiva. Ele está por trás dos roteiros de séries importantes e de sucesso como O segredo do Puente Viejo (com seus dois romances A dança do destino y Antes de você), Acácias 38, lalola, Camera cafe ou, mais recentemente, Força de paz, Escândalo, história de uma obsessão y A vingança é minha. Ele também assinou Sófia, com Alejandra Balsa, romance sobre a juventude da Rainha Sofia e sua história de amor com o então Príncipe Juan Carlos. Gosta de viajar e da natureza e é uma fiel defensora dos direitos dos animais.
Em setembro passado ele lançou seu último título, A prisão aérea, onde ele se recupera romance sobre ladrão de colarinho branco em forma de suspense onde não faltam roubos de obras de arte, segredos, traições e amores, temperados com tons de humor e uma grande dose de vingança. Nesta Entrevista Ele nos conta sobre ela e muitos outros assuntos sobre sua carreira e projetos. Eu realmente aprecio seu tempo e gentileza dedicada.
Aurora Guerra — Entrevista
- LITERATURA ATUAL: Seu último romance é intitulado A prisão aérea. O que você nos diz e por que será interessante?
GUERRA AURORA: La prisão aérea Acho que tem uma série de elementos muito atrativos, como o sofisticado mundo da arte, leilão, colecionadores milionários e excêntricos, a aventura de roubar um quadro em algum dos melhores museus do mundo, testemunhando a transformação de um simples ladrão em um sofisticado ladrão de colarinho branco. E, claro, o mistério e a vingança: uma história obscura mistério do passado que mudou para sempre a vida dos protagonistas.
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira coisa que você escreveu?
AG: Além das histórias clássicas, que adorei, lembro O parque infantil de pedra, ou os romances de Enid Blyton, Charlie e a fábrica de chocolate. E desde muito jovem gostei de romances de mistério, Agatha Christie, Wilke Collins...
- AL: Um autor líder? Você pode escolher mais de um e de todos os períodos.
AG: As irmãs bronte, Edgar Allen Poe, Hemingway, García Márquez, Virginia Woolf, Aramburu, etc.
- AL: Qual personagem você gostaria de conhecer e criar?
AG: Jane Eyre. Ou o Rainha de corações, um psicopata muito engraçado.
Costumes e gêneros
- AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
AG: Prefiro escrever para o manhãs, embora você tenha a tarde na frente do teclado. E quando abro um caderno para fazer anotações, nunca mais fecho. Não tenho nenhum hábito na hora de ler, uma boa luz e óculos ultimamente...
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
AG: A vida, ao mudar meu cenário, me tornou capaz de escreva em quase qualquer lugar e situação. No meio do lobby de um hotel, no set de filmagem, na sala de espera do médico... Para ler, meu horário preferido é sempre que tenho tempo, aquele luxo maravilhoso.
- AL: Que outros gêneros você gosta?
AG: Gosto de temas que fazem você olhar para lugares inexplorados e desconfortáveis. Eu não me importo com o gênero se o que ele diz me fisga, pode ser um romance policial, como uma tragédia ou um de terror.
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
AG: Estou lendo um romance de um bom amigo o meu que ainda não foi publicado e é maravilhoso. Quanto a escrever, estou adaptando A prisão aérea para formato audiovisual, e uma adaptação, também para audiovisual, de uma história de um autor cujo nome creio que ainda não consigo dizer. E, no resto do meu tempo livre (ahem), escrevendo linhas para meu próximo romance.
Perspectiva atual
- AL: Como você acha que é a cena editorial?
AG: Já sabemos disso Na Espanha se publica muito e se lê pouco. Temos duas grandes editoras, que cobrem quase todos os tipos de literatura, e outras muito boas que estão abrindo caminho no mercado. É muito difícil se dar a conhecer num mercado com tantos títulos e onde o investimento em marketing e publicidade tem muito a ver com as vendas posteriores.
- AL: Como você está lidando com o momento atual em que vivemos?
AG: Presumo que você esteja se referindo às nossas vidas reais. Se assim for, penso que estamos a navegar numa era em que a maioria de nós não viveu uma guerra ou um grande cataclismo mundial. Perdeu-se o medo e, claro, o medo de dizer coisas atrozes. A má educação, a impertinência, tornam-se uma manifestação da liberdade individual. Esquecemos que ser um bom cidadão, ser uma boa pessoa, é a base para um mundo em paz..