Agustín Tejada Nasceu em Castejón (Navarra) em 1961 e atualmente reside em Tudela. Ele é professor de inglês há trinta anos. A sombra do rei de Jerusalém É seu último romance publicado. Nesta Entrevista Ele nos fala sobre ela e muitos outros tópicos. Agradeço seu tempo e gentileza. dedicada.
Agustín Tejada – Entrevista
- LITERATURA ATUAL: A Sombra do Rei de Jerusalém é seu último romance. O que você nos diz nele?
AGUSTÍN TEJADA: É o épico de Balduíno IV, também chamado o rei leproso, Pois bem, ele subiu ao trono quando tinha apenas 15 anos, já acometido por uma doença tão cruel. Estamos na época das Cruzadas (século XII), quando o reino de Jerusalém e, em geral, toda a Terra Santa era um campo de batalha sangrento. A verdade é que a vida deste monarca sempre me pareceu admirável por toda a coragem que teve na sua curta existência. Enfrentar a lepra - enquanto podia - as intrigas da Corte e a ameaça implacável do Sultão Saladino.
Além da inevitável guerra, o amor, a amizade e a fidelidade são os eixos cartesianos deste belo romance.
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira história que você escreveu?
AT: Bem, sempre fui um grande leitor desde criança. Comecei a devorar os romances de Enid Blyton, continuei com Salgari, fiquei muito interessado nas histórias de guerra escritas por Sven Hassle e adorei os trabalhos completos de Karl May.
O primeiro romance que escrevi foi intitulado O professor inocente. Comecei a borrar as páginas como autoterapia quando muitas das coisas que via dentro e ao redor do meu trabalho começaram a me desanimar. No final fiquei assustado ao ver que havia escrito um livro, que, aliás, foi selecionado como semifinalista do III Concurso Internacional de Novelas Território de la Mancha, organizado pelo Instituto Cultural Ibero-Americano de Miami. esqueci de dizer isso Eu era um professor.
- AL: Um redator principal? Você pode escolher mais de um e de todas as épocas.
AT: Embora eu tenha lido quando tinha quinze anos, Karl May, Como eu disse, ele já me parecia um escritor colossal. Meu próprio pai colocou isso diante dos meus olhos. Ele também me apresentou a Georges Simenon e Agatha Christie. Já Cela já Garcia Marquez. Ler tudo do Kafka já era minha praia. Dos atuais, quem eu mais gosto é Perez Reverte.
Personagens e gêneros
- AL: Qual personagem histórico você gostaria de conhecer e qual personagem literário você teria criado?
AT: Dos históricos, eu adoraria conversar, mesmo que por pouco tempo, com o general romano Quinto Sertório. Não foi em vão que escrevi uma trilogia sobre a guerra que ele travou na Hispânia com Cneu Pompeu, o Grande. Ele também não seria avesso a passar algumas horas com Hernán Cortés.
Em relação à criação de personagens literários, costumo colocar uma ou mais invenções minhas ao lado de uma real. Acho que alguns deram muito certo. Diga a si mesmo Kalaitos na trilogia sobre as Guerras Sertorianas ou o mesmo Amadis no meu último romance. Eu gostaria de me parecer com eles!
- AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
AT: Sim, um inevitável: Eu sou incapaz de chegar ao escrever sem reler —e aprovar— tudo o que foi trabalhado no dia anterior.
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
AT: De preferência para o manhã, na tranquilidade do meu sótão. À tarde há menos frescor para a criação e, no máximo, reviso coisas já feitas. Nunca comprometi o sono à noite para escrever quatro parágrafos que não gostarei no dia seguinte. Mas é verdade que Eu mantenho um caderno e uma caneta sobre a mesa, porque às vezes a lâmpada acende no momento mais inesperado.
- AL: De quais gêneros você gosta?
AT: Sou basicamente um escritor de romances históricos. Mas eu também gosto do romance policial; e a reformulação de ambos os gêneros no que passou a ser chamado suspense histórico.
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
AT: Tenho combinado duas leituras: O vencedorpor David Baldacci e A lápide dos Templários, de Eslava Galán.
Em relação ao meu trabalho criativo, depois de muitos meses em doca seca devido a um câncer na coluna, fico muito feliz por estar terminando um romance mais (e também histórico, é claro) ssobre as Guerras Celtiberas.
Perspectiva atual
- AL: Como você acha que está a cena editorial em geral?
AT: O cenário editorial sempre foi um selva muito complexa. Afinal, os editores – especialmente os grandes grupos – são negócio que estão lá para ganhar dinheiro. O que conta para eles é fidelizar o leitor e para isso não precisam de material espetacularmente bom. Chega de campanhas de marketing caras.
- AL: Como você está lidando com o momento atual em que vivemos?
AT: A verdade é que, seja pela idade, pelas experiências ou pelos percalços, quero cada vez mais viver recluso no mundo ficcional em que os meus romances me mergulham. Pela saúde mental, e por ter sido uma pessoa que sempre procurou a lógica das coisas, Desisti de tentar compreender o que se passa, a todos os níveis, em Espanha e no mundo. Receio que tenhamos chegado a um ponto absolutamente irreversível em que a realidade ultrapassou a ficção. E para ficção... prefiro meus livros.