Um clássico que nunca acaba volta à tona com novas edições, montagens imersivas, exibições e até uma turnê musical que o toma como inspiração. 'O Pequeno Príncipe' retorna à agenda cultural com propostas diversas que atualizam seu imaginário e o aproximam de públicos de todas as idades.
Desde novas ilustrações A partir de espetáculos imersivos, cidades como Paris, Santiago e Pamplona, e praças como San Fernando, conectam atividades que transformam o universo do pequeno viajante em uma jornada viva. Na Espanha, ademais, a liberalização dos direitos abriu as portas para releituras editoriais e criativo em larga escala.
Uma edição ilustrada que olha para o original sem copiá-lo
O ilustrador Pedro Oyarbide, conhecido por seu trabalho nas capas de 'Blackwater', assinou um reinterpretação gráfica que busca homenagear a obra de Antoine de Saint-Exupéry sem deslocá-la. Publicada em junho, a edição foi bem recebida por leitores exigentes y colecionadores, e já prepara seu salto para a América Latina.
Oyarbide parte da premissa de que as imagens do livro são essenciais para a leitura e aborda o desafio sem "atualizar" o clássico, mas propondo uma obra paralela. Em trechos em que o aviador desenha "como um leigo", o artista recorre a notas e papéis sobrepostos para preservar aquele traço ingênuo, integrando-o ao seu próprio estilo. O resultado respeita a sensibilidade íntima e universal do texto, contribuindo traços estéticos reconhecível do autor contemporâneo.
Experiências imersivas: Paris e Santiago focam na maravilha
Em Paris, o Atelier des Lumières acolhe uma odisseia imersiva dedicado ao universo dos livros, desenvolvido em conjunto com a Sucessão de Antoine de Saint-Exupéry. Projeções em grande escala de palavras e aquarelas envolvem o espaço da distribuição 11 para uma experiência de 50 minutos que, devido à sua recepção, foi prorrogada até 21 de setembro de 2025. A peça é pensada para públicos a partir dos três anos, convidando redescobrir a história de um sensação envolvente que dilui paredes e piso.
Em Santiago do Chile, a estação de Metrô Baquedano se transforma com , uma rota com mais de oito salas temáticas, áreas interativas, projeções e conjuntos de fotos com figuras icônicas. A exposição abre no dia 9 de agosto, das 11h às 00h (última entrada às 20h00). adequado para todas as idades e oferece uma 20% de desconto nas bilheterias e TicketPlus para quem apresentar a edição comemorativa dos cartões BIP. Esses cartões, ilustrados com cenas do livro, estão sendo vendidos em estações selecionadas da rede, como parte das comemorações do 50º aniversário do Metrô.
Projeções e músicas com o selo do clássico
A programação ao ar livre da Câmara Municipal de Pamplona inclui 'Printze txikia' (2015), uma adaptação basca baseada no romance de Saint-Exupéry e dirigida por marca osborneO filme, reconhecido com um César de melhor animação em 2015 e um Annie de melhor música em 2016, está sendo exibido no bairro de Txantrea como parte da série 'Noites de Cinema', aproximando a história de famílias e espectadores de cinema em um formato acessível.
Em San Fernando (Cádiz), a banda Saurom desembarca no ciclo Bahía Sound com seu Turnê O Pequeno Príncipe 2025, um show ao vivo que mistura rock, folk e metal com efeitos visuais, corais e uma produção em larga escala. A abertura das portas está prevista para as 20h e o show começará às 00h21. A banda anunciou que receberá o público na zona verde por volta da 30h01, e que a noite inteira será... irá gravar em áudio e vídeoOs ingressos custam 27 euros online até as 16h e 00 euros na bilheteria. A programação atual — com Miguel Ángel Franco, Narci Lara, Raúl Rueda, José A. Gallardo, Santiago L. Carrasco e Antonio Ruiz — reforça uma próprio som que o grupo se consolidou no cenário nacional.
Um fenômeno editorial que continua a se expandir
'O Pequeno Príncipe' continua a adicionar leitores e traduções em todo o mundo, com vendas anuais na casa dos milhões e adaptações que vão do cinema ao teatro e à dança. Na Espanha, a liberação dos direitos para autores falecidos antes de 1987 permitiu, desde 2024, multiplicar edições e projetos que revisitam o clássico com novas perspectivas, como a de Oyarbide.
A obra nasceu em 1943 em inglês e francês, e na França foi publicada pela Gallimard após a libertação, em 1946. Seu enredo – o encontro de um piloto no deserto com uma criança de um asteroide – é sustentado por uma linguagem clara, imagens simples e temas universais: amizade, amor, viagens, perdas, cuidado com a natureza. Essa combinação de intimidade e alcance explica por que, década após década, continua a gerar releituras e homenagens que dialogam com leitores de todas as idades.
Com edições renovadas, exposições que transformam suas aquarelas em paisagens imersivas, sessões de cinema ao ar livre e uma turnê musical que incorpora seu espírito, o livro de Saint-Exupéry está mais uma vez no centro das discussões culturais. A variedade de ofertas — em livrarias, teatros e palcos — confirma que sua obra é uma validade simbólica não apenas permanece, mas se reinventa para continuar viajando de planeta em planeta sem perder sua luz.
