A autobiografia oficial de Lionel Scaloni já está disponível nas livrarias e chega como um volume de 100 histórias e 544 páginas que revisitam sua vida dentro e fora de campo. O livro, escrito pelo jornalista argentino Diego Borinsky, combina memória pessoal, depoimentos do seu entorno e contexto histórico para reconstruir a carreira do treinador.
Trata-se de uma biografia autorizada e revisada pelo próprio treinador, um trabalho conjunto em que Scaloni supervisionou o conteúdo e interveio com pouquíssimas correções. A abordagem não é de autopromoção: visa explicar o treinador através do jogador de futebol que ele foi e as decisões que moldaram seu caráter.
Como o projeto foi concebido
A obra é fruto de uma investigação que se estendeu por quase três anos, com dez reuniões presenciais entre autor e protagonista e mais de 40 entrevistas adicionais. Borinsky viajou para Maiorca para falar com Scaloni e fui para pujato, sua cidade natal, para seguir o fio de suas origens.
O autor coletou vozes de família, amigos, ex-companheiros de equipe, membros da comissão técnica e jogadores, além das palavras de Lionel Messi. Entre os toques mais humanos está a importância que o treinador dá ao saúde mental e sua disciplina fora do futebol: ele mantém uma rotina diária de ciclismo de cerca de duas horas e meia, hábito adquirido graças a Carlos Moyá.
Com experiência em biografias de referência (Matías Almeyda, Andrés D'Alessandro e Marcelo Gallardo), Borinsky optou pelo formato de 100 histórias curto e temático. Todo o material foi revisado por Scaloni, que, segundo o autor, Ele mal fez alguma observação antes de fechar.

Da Corunha à Albiceleste: episódios que marcam
O livro dedica um espaço relevante à sua passagem pela Esportes da Corunha, fase à qual o próprio treinador atribui um peso decisivo na sua evolução. Aliás, promete que em algum momento retornará ao clube para tentar colocar os fãs, a gestão e a equipe de volta na linha, uma tríade que, em sua opinião, deve empurrar juntos.
Entre as anedotas, sua memória é lembrada estreia com sobrenome errado na camisa, o famoso descoloração loira do camarim azul e branco e de sua extensa turnê europeia. Suas noites de Liga dos Campeões: Ele jogou 59 partidas na competição, 52 pelo Dépor e o restante pela Lazio. Companheiros de equipe como Mauro Silva Eles sustentam que esse grupo tinha argumentos para ter vencido o Orejona.
Uma das histórias mais poderosas recupera o chamado CentenariazoO autor contextualiza por que aquela vitória no Bernabéu mereceu o "azo" e como o time da Corunha, sem hesitar, dominou os gigantes na comemoração. Scaloni admite que, desde o apito inicial, o jogo foi jogado com determinação e intensidade máxima.
Sua relação com também aparece Joaquín Caparrós durante um semestre complexo em que decidiu priorizar seu futuro: foi emprestado ao west Ham e acabou fazendo parte da lista para a Copa do Mundo na Alemanha. Ele diz que foi uma daquelas ocasiões em que teve que pensar em si mesmo para não estagnar.

A edição, publicada pela americano, agora está disponível com um preço indicativo de 28.000 pesos argentinosAlém do resultado esportivo, a proposta funciona como um “presente” para quem quiser se aprofundar na trajetória de Scaloni e ferramentas de liderança que consolidou sua passagem à frente da Seleção Nacional.
Para entender o foco do trabalho, também é analisada a trajetória do treinador como jogador: Newell's a Estudantes, seu grande salto para Sporting, a passagem por Corrida de Santander, o palco em Lazio, a experiência em Maiorca e o fechamento em AtalantaO fio condutor não são as estatísticas, mas evolução pessoal e profissional que o levou de lateral combativo a técnico da seleção.
Como o próprio protagonista aponta em um vídeo de lançamento, é uma história simples e honesta, concebido para compartilhar o que ela vivenciou e entender como chegou onde está. Por meio de memórias, vozes e contextos, o livro busca explicar O que torna o método Scaloni único? e por que sua figura se conecta com tantas pessoas.