A Cátedra Vargas Llosa revelou ao Seis autores concorrerão ao Prêmio Bienal de Romance, um reconhecimento considerado um dos mais significativos do mundo hispânico. O evento acontece pela primeira vez na Espanha e reúne algumas das vozes mais renomadas e emergentes da narrativa em nossa língua.
A VI Bienal será realizada na Extremadura 22 para o 25 para outubro, com Cáceres como sede principal e atividades em Badajoz e Trujillo, graças ao apoio do Governo Regional da Extremadura. O programa oficial será apresentado no dia 20 de junho. Sábado, 4 de outubro no Gran Teatro de Cáceres, num evento que contará com a participação de Álvaro Vargas Llosa.
Os seis finalistas e suas obras

O júri, presidido por Juan Manuel Bonet, selecionou um conjunto de títulos que refletem a amplitude dos registros narrativos em espanhol, desde a exploração histórica até a sátira contemporânea, com uma doação de 100.000 dólares pelo trabalho vencedor.
- Gustavo Faverón (Peru) — Peso-mosca leve
- Pola Oloixarac (Argentina) – Homem mau
- Ignacio Martínez de Pisón (Espanha) — Castelos de Fogo
- Sergio Ramírez (Nicarágua) — O Cavalo de Ouro
- David Uclés (Espanha) — A península das casas vazias
- Gioconda Belli (Nicarágua) — Um silêncio cheio de murmúrios
O anúncio do romance vencedor ocorrerá durante o encerramento do concurso, no dia 25 de outubro no Gran Teatro de Cáceres, num evento que encerrará quatro dias de encontros e debates literários.
Datas, locais e um encontro com sotaque extremenho
Com Cáceres como epicentroA Bienal estende suas atividades a Badajoz e Trujillo, consolidando um itinerário que busca descentralizar o debate literário e abri-lo a novos públicos. A chegada do evento à Espanha reforça seu foco transatlântico e alcance internacional.
O calendário inclui conferências, mesas redondas, diálogos e apresentações editoriais sobre o romance contemporâneo, convocando escritores, editores, acadêmicos e leitores no mesmo espaço para incentivar a troca de ideias.
O júri e o veredicto
La deliberação Uma comissão liderada por Juan Manuel Bonet, ex-diretor do Instituto Cervantes, selecionará o vencedor deste ano entre os seis finalistas. O veredito será anunciado em 25 de outubro e encerrará a programação no Gran Teatro de Cáceres.
Segundo a organização, o prêmio tem como foco reconhecer trajetórias sólidas e tornar visíveis novas vozes, com o objetivo de fortalecer a circulação internacional da literatura espanhola.
Um encontro com uma vocação ibero-americana
Promovido desde 2014 pela Cátedra Vargas Llosa, a Bienal já realizou edições em Lima e Guadalajara e agora desembarca na Extremadura, reafirmando o seu caráter ibero-americano. A dotação económica e a envergadura do evento tornaram-no num evento referência do ecossistema narrativo em espanhol.
Raúl Tola, diretor da Cátedra, destaca que a Bienal busca projetar o trabalho de autores emergentes, fortalecer o trabalho de nomes já consolidados e criar redes colaborativas que conectam praias e públicos em ambos os lados do Atlântico.
Vencedores das edições anteriores
A lista de vencedores do Prêmio Bienal de Romance inclui: David Toscana (O Peso de Viver na Terra, 2023), Juan Gabriel Vásquez (Olhando para Trás, 2021), Rodrigo Blanco Calderon (A Noite, 2019), Carlos Franz (Se Você Se Visse Através dos Meus Olhos, 2016) e John Bonilla (Sem calças não entra, 2014), nomes que refletem a abrangência e a diversidade do prêmio.
Nesta sexta edição, que se vive como a primeira após a morte de Mário Vargas Llosa, o evento da Extremadura reforça o diálogo entre gerações, tradições e estéticas, mantendo o olhar sobre o romance como território de inovação e memória.
Com uma lista de finalistas de alto nível, uma agenda que movimenta vários espaços e um júri presidido por Juan Manuel Bonet, a VI Bienal Vargas Llosa encara a sua edição espanhola com o objetivo de consolidar sua influência no cenário ibero-americano e celebrar o vigor da narrativa em língua espanhola.